quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Um homem de coragem e compaixão



António Francisco Roque. Um nome que a muitos de nós provavelmente não diz nada, que naturalmente se tem desfeito à medida que as gerações têm passado, contudo um nome escrito no Livro da Vida com o sangue de Cristo, e de certo com grande galardão nos céus. É este o nome do homem responsável pelo evangelho neste maravilhoso lugar do Silveiro.

Filho de José Roque e Piedade Rita, e casado com Albertina Bártolo, este homem que trabalhava na CP em Estarreja, foi convidado para assistir à pregação do evangelho na igreja daquela localidade. Nessa mesma reunião ele aceita Jesus Cristo como seu Senhor e Salvador pessoal e fruto dessa tão maravilhosa decisão, a sua vida é totalmente transformada aos 35 anos.

“O que fazer agora? Por onde começar? É isso… Família, amigos, vizinhos, SILVEIRO”

Cheio de uma tão grande satisfação e alegria, tentou convencer os irmãos responsáveis pelo trabalho em Estarreja para virem a casa dos seus pais, no Silveiro, para pregar o evangelho. E depois de muita perseverança e insistência a oportunidade brotou. Conta-se então, que a primeira vez que o evangelho foi pregado no Silveiro, foi ao sabor de uma lareira de cozinha, numa noite fria de Inverno, na casa dos pais do irmão António Roque. E, enquanto a lenha ardia na lareira, ardiam também os corações que ouviam as boas novas do evangelho pelo nosso irmão Viriato Sobral. O impacto da Palavra de Deus naquelas almas foi de tal maneira significativo que logo convidaram mais amigos para irem ouvir o que nunca de outra boca tinham ouvido, Jesus o caminho, a verdade e a vida. E assim se começaram a fazer reuniões regulares em casa dos pais do nosso irmão.

Atrás de um, vinham dois, de dois quatro, de quatro oito e rapidamente a cozinha passou a ser pequena para albergar tão grande assistência, e já eram muitas as pessoas que ficavam da parte de fora, em pé, a tentar ouvir falar da Palavra de Deus. Começou-se a pensar então em arranjar uma casa maior, e aí surgiu José Ferreira Pires, conhecido na altura como José Marreca, que cedeu o porão de uma casa velha com 40m2, sem janelas nem portas, com o chão em terra batida que, com a preciosa ajuda do irmão Viriato Sobral, foi mobilado com algumas cadeiras e bancos provenientes da igreja em Estarreja.

Ainda não foi este o local onde hoje está construída a igreja, mas foi o primeiro onde se reuniram numa casa própria. E como podemos ver este foi o conforto inicial dos crentes daqueles dias, e tal como os crentes da igreja primitiva, podia-se dizer “e todos os dias o Senhor acrescentava à Igreja aqueles que se haviam de salvar”. O que estamos nós a fazer com tanto conforto?

Continua ..

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