sábado, 27 de novembro de 2010

O Aplauso do Céu


"Pois a nossa pátria está nos céus, de onde também aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo."
Filipenses 3:20


Em breve você estará em casa. Talvez ainda não tenha notado, mas está cada vez mais perto de casa. Cada momento é um passo dado. Cada respiração é uma página virada. Cada dia é um quilómetro percorrido, uma montanha escalada. Você está mais perto de casa do que imagina.
Antes que você perceba, o seu dia marcado chegará; você descerá a rampa e entrará na Cidade. Verá rostos familiares aguardando por você. Ouvirá seu nome ser proferido por aqueles que o amam. E, talvez, digo talvez - no fundo, atrás da multidão - Aquele que preferiu morrer a viver sem você retirará as mãos feridas de dentro de seu manto celestial e .... aplaudirá.


Max Lucado
in: "Histórias para o coração"
de Alice Gray

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

PERSEVERANÇA


Vai ter com a formiga, ó preguiçoso; olha para os seus caminhos, e sê sábio. Provérbios 6:6

Tamerlane costumava contar aos amigos uma história da sua mocidade. “Certa vez,” dizia ele, “para escapar de inimigos, fui forçado a esconder-me nas ruínas de um edifício, e passei ali sentado muitas horas. Desejando distrair a mente da triste situação em que me achava, fiquei a olhar uma formiga que subia por uma parede, a carregar um grão de trigo maior do que ela; contei todas as suas tentativas para alcançar o objectivo. O grãozinho caiu sessenta e nove vezes, mas o insecto perseverou, e, ao completar setenta vezes, alcançou o topo. Aquela cena deu-me coragem no momento, e nunca esqueci a lição”.
A oração que toma como desânimo o facto de orações passadas não terem sido respondidas, já deixou de ser a oração da fé. Para a oração da fé, a ausência de resposta é apenas evidência de que o momento da resposta está muito mais perto. As lições e os exemplos do Senhor nos ensinam que a oração que não persevera, não insiste no pedido e não se renova mais e mais, tomando forças de cada petição anterior, não é a oração que prevalece.
Certa vez o grande músico Rubenstein disse: “Se passo um dia sem praticar, eu noto a diferença; se passo dois dias, meus amigos notam a diferença, se passo três dias, o público nota a diferença.” É como se costuma dizer: a perfeição vem da prática. Assim, pois, continuemos a crer, continuemos a orar, continuemos a fazer a Sua vontade. Em qualquer ramo da arte se alguém deixar de praticar, sabemos qual será o resultado. Se apenas usássemos em nossa vida religiosa o mesmo tipo de senso comum que usamos em nosso viver diário, caminharíamos para a perfeição.
Nunca devemos parar sem chegar ao fim e cumprir o propósito. Com firme persistência e confiantes em Deus, venceremos.

(Mananciais no Deserto)

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Um homem de coragem e compaixão



António Francisco Roque. Um nome que a muitos de nós provavelmente não diz nada, que naturalmente se tem desfeito à medida que as gerações têm passado, contudo um nome escrito no Livro da Vida com o sangue de Cristo, e de certo com grande galardão nos céus. É este o nome do homem responsável pelo evangelho neste maravilhoso lugar do Silveiro.

Filho de José Roque e Piedade Rita, e casado com Albertina Bártolo, este homem que trabalhava na CP em Estarreja, foi convidado para assistir à pregação do evangelho na igreja daquela localidade. Nessa mesma reunião ele aceita Jesus Cristo como seu Senhor e Salvador pessoal e fruto dessa tão maravilhosa decisão, a sua vida é totalmente transformada aos 35 anos.

“O que fazer agora? Por onde começar? É isso… Família, amigos, vizinhos, SILVEIRO”

Cheio de uma tão grande satisfação e alegria, tentou convencer os irmãos responsáveis pelo trabalho em Estarreja para virem a casa dos seus pais, no Silveiro, para pregar o evangelho. E depois de muita perseverança e insistência a oportunidade brotou. Conta-se então, que a primeira vez que o evangelho foi pregado no Silveiro, foi ao sabor de uma lareira de cozinha, numa noite fria de Inverno, na casa dos pais do irmão António Roque. E, enquanto a lenha ardia na lareira, ardiam também os corações que ouviam as boas novas do evangelho pelo nosso irmão Viriato Sobral. O impacto da Palavra de Deus naquelas almas foi de tal maneira significativo que logo convidaram mais amigos para irem ouvir o que nunca de outra boca tinham ouvido, Jesus o caminho, a verdade e a vida. E assim se começaram a fazer reuniões regulares em casa dos pais do nosso irmão.

Atrás de um, vinham dois, de dois quatro, de quatro oito e rapidamente a cozinha passou a ser pequena para albergar tão grande assistência, e já eram muitas as pessoas que ficavam da parte de fora, em pé, a tentar ouvir falar da Palavra de Deus. Começou-se a pensar então em arranjar uma casa maior, e aí surgiu José Ferreira Pires, conhecido na altura como José Marreca, que cedeu o porão de uma casa velha com 40m2, sem janelas nem portas, com o chão em terra batida que, com a preciosa ajuda do irmão Viriato Sobral, foi mobilado com algumas cadeiras e bancos provenientes da igreja em Estarreja.

Ainda não foi este o local onde hoje está construída a igreja, mas foi o primeiro onde se reuniram numa casa própria. E como podemos ver este foi o conforto inicial dos crentes daqueles dias, e tal como os crentes da igreja primitiva, podia-se dizer “e todos os dias o Senhor acrescentava à Igreja aqueles que se haviam de salvar”. O que estamos nós a fazer com tanto conforto?

Continua ..